30 novembro, 2008

A Alegria

Sexta a noite. Voltava da escola no metrô que atravessa a cidade, como sempre pessoas cansadas e empacotadas em casacos à minha frente e a voz do motorista do trem se fez ouvir "senhoras e senhores, tem um homem embaixo do trem em Liverpool St, então este é o último trem que vai para o East hoje".

As pessoas aqui se atiram debaixo dos trens.

E é um país sem miseráveis, sem enorme buraco social, sem fome. Mas é uma cidade que as pessoas se atiram debaixo do trem, se esbarram na estação, correm o tempo todo, o tempo todo, sem razão. Acho que correm demais. Saem do metrô e precisam subir correndo as escadas para sair da estação.
Se alguém as informasse que um minuto a mais para subir lhe oferece mais ar e calma talvez elas percebessem que essa sim é uma diferença do TEMPO nessa vida que vale tanto e passa tão depressa.

Quero para o meu futuro o sol do Brasil. Quero a música que vêm dos morros, quero a nossa tragédia e nossa beleza, mas acima de tudo a nossa alegria. Quero passar a passos calmos pelas pessoas, as olhando como pessoas a passar pela vida, ou pelo menos fazer o exercício de tentar. As notando e fazendo assim me notar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Que bom!
Queremos também vocês aqui,para dividir nossas alegrias,comemorarmos aniversários, como o de ontem, do Dimar,foi ótimo!
Eu aguardo este encontro, ansiosamente.
Deus os abençoe
Rosâni

Anônimo disse...

Estaremos calorosamente esperando por voces.
Calorosamente mesmo!!!!
Mas enquanto isso vá se enriquecendo
das coisas belas que voce encontrar pelo caminho.
Saudade,
mamae bebel.
(estou escrevendo no computador do Pedro,nao acho os sinais)