29 dezembro, 2008

Novo ano

Nós precisamos fechar ciclos. Precisamos dos calendários, das celebrações. Precisamos enumerar o tempo, contar os passos, marcar um marco pra renovar o espaço. Precisamos de Deus, de fé, as vezes de religião. Precisamos de amigo, cafuné, calor, frio e amor, muito amor. Precisamos crer. Quando não cremos nos perdemos.

Precisamos crer para que vençamos o medo enorme que carregamos desde que nascemos.Medo de tantas coisas, medo de não darmos conta do recado, e ainda temos um enorme medo da morte, seja ele manifesto em qualquer sentido, seja consciente ou disfarçado, e por isso precisamos crer na vida, pra que o fim seja justificado.
Precisamos marcar o inicio e o fim de algo, a morte e o renascimento, de pequenas coisas, para que nos reciclemos e para que possamos nos encher de vontade de começar pequenas vidas dentro de uma outra enorme e finita, nascendo e morrendo em nossos medos e esperanças.

Em 27 anos minhas mortes e nascimentos me ensinaram a ser uma pessoa otimista, que tem que tomar cuidado para crer e não criar demais.

Que tenhamos sempre mortes e nascimentos que resistam à perda da esperança e do otimismo, para que sigamos sempre com alegria no nosso coração.

Um 2009 de otimismo, alegria, gentileza, amor e saúde, para TODO O MUNDO.

27 dezembro, 2008

...

“Deus é o silêncio do universo, e o homem o grito que dá sentido a esse silêncio”.
Palavra do Saramago.

23 dezembro, 2008

Sonhos acordados, imagens

Tenho um desejo secreto de escalar árvores. Como se fosse um impulso que me levasse às alturas, gastando toda minha ansiedade, dando me sensação de poder e liberdade. Subir, subir e subir.

Uma vez tive a imagem muito concreta em minha mente de subir uma árvore muito verde e enraizada ao chão com sua copa aberta ao céu. Enquanto subia, sentia me devorando- a ao mesmo tempo. Acho que sou muito faminta com a vida, mas isso é análise rasa de quem ainda vai se redescobrir muitas vezes.

Há algum tempo atrás todas as vezes que me lembrava de algo em que me senti ridícula fechava os olhos e via eu mesma voando em um trapézio, mais especificamente rodando em torno da barra que seguramos para voar.

De um tempo pra cá passei a ver, involuntariamente, minha face com um nariz vermelho de palhaço. Que coisa não...o palhaço, a revelação do nosso ridículo, sem medo de o ser. E olha que ainda não coloquei essa máscara no palco. Em breve minha escola me dará mais esse presente. Por ora deixa o impulso da minha imaginação satisfazer meus desejos, nem tão simbólicos quanto suas imagens.

19 dezembro, 2008

Alegria Alergia

E só pra complementar o post abaixo, toda vez que leio Alegria vejo Alergia e vice e versa. Que coisa não...a Alergia andava tomando conta de mim , mas aí a Alegria veio e fez parceria, melhor assim.(risos bestas de uma pessoa, hoje, alegre)

Alegria

ALEGRIA. Só a palavra por si só já é alegre, faz mexer todos os músculos da cara, e nos força um sorriso discreto ao dizer.

Alegria é diferente de felicidade, mas é ainda melhor porque alegria é palpável, sentido, falado, visto. Felicidade é conceito distante, complexo e tem mania de exigir muito da gente. Alegria dá de vez em quando e passa, mas quando dá alivia a alma. Alegria é simples e pede pouco, pode ser em dia cinza ou em dia de sol, pode ser por um doce ou por uma grande conquista.

Para a alegria não é preciso muito esforço, ela vem, assim, numa manhã em que abrimos os olhos e sentimos que algo reluzente dentro de nós, hoje, se agita.

Hoje acordei alegre, e como alegria é simples e se multiplica fiz do meu dia um dia super alegre e junto ao meu marido fizemos a alegria de pequenos momentos, de um passeio, uma taça de vinho, loja de coisas miúdas que amo, presentes para quem amamos.

Alegria é bom. Talvez seja até melhor que essa felicidade aí ó que todo mundo fica dizendo estar procurando.Algo com um conceito que tenta se enraizar numa constante, quando a vida é uma inconstante de instantes.

A vida é o instante e a Alegria é um sentimento que vem sem muita razão e não pede pra ficar, nem nós exigimos isso dela. Faz cócegas na alma, acalma o coração da gente e ainda propicia risadas!
Salve salve a alegria.

18 dezembro, 2008

Pra dividir

Viciada nessa música...
ps: Já prestou atenção na letra? (rs)

17 dezembro, 2008

Ufa

Só para dar uma refrescada após esse post "Raiva" tão estressado, eu, depois de escrevê-lo, tomei um banho de banheira com os sais que ganhei de amigo oculto, relaxei e preparei um belo jantar.
Estou muito bem, apenas pensando que se eu tiver que mudar daqui vai ser uma pena muito grande, e que, com tantos casos respiratórios e alérgicos na família sei que não será isso que me fará bater as botas. Sigamos com coragem, prometo fiscalizar manchas pretas, tomar muita água e mel (como recomendou mamãe).
E como diz a Leca, amiga de Bh, super alérgica e também super saudável, sem que isso seja uma contradição me disse que dá e passa, aqui suas palavras: "é... alergia é uma reação momentânea: sai o agente causador, sai o sintoma." Bora matar todos os mofos!
E torcer para que o aparelhinho de redução da umidade seja tão eficiente quanto o de ratos, que nunca deram as caras por aqui, já que temos um ligado em cada tomada. Tenho ficado fã desses aparelhinhos! Obrigado tecnologia!

Raiva!!!!!

A primeira coisa que quero fazer com esse post é dar um grito! aaaaaaaaa!!!Pronto. ok.
A nossa casa é um basement flat, linda, porém, porão. E por isso é o lugar mais úmido que eu já vi na vida. Tão úmido que a caixa de sabão em pó que fica no armário da cozinha derreteu de tão molhada e tivemos que adotar uma sacola de plástico para protegê-la, tão úmida que a parede detrás da nossa cama, dias atrás apareceu preta, sim preta, de mofo. A janela é molhada, de umidade. Algo tão absurdo que chega a parecer exagero, mas se vissem de perto entenderiam a dimensão do que estou dizendo.

Fato é que já há algum tempo venho sentindo dores nas costas, na parte de cima das costas, bem de leve, nada para se preocupar. Até domingo, quando uma dor horrorosa me atacou e bem na altura dos pulmões. Estava pronta pra sair, de rímel e cachecol, para ter um bolo e vinho na casa de uma amiga, quando desisti de tudo.
Os sintomas foram seguidos de uma ardência muito forte entre a minha garganta e o meu nariz. Foi aí que olhei pra parede preta. Leo foi lá e tirou tudo, todo o mofo. Coincidência ou não, comecei a melhorar, estou melhor agora. No dia que o Leo limpou o mofo tirou um papel, um texto que estava lendo, e que estava atrás da minha cama, totalmente molhado de umidade. Pronto, diagnosticamos. Mas precisávamos de um médico para confirmar, afinal ele estudou anos para isso.
Fomos ao médico. O primeiro era consulta marcada, onde fui atendida por uma enfermeira que disse que eles estavam agendando primeiro com ela para depois passar para um médico, se fosse o caso. Sim, era meu caso segundo ela, e agendou a consulta para a semana que vem, pois dois médicos estão de férias. Foi aí que eu e Leo tivemos a idéia de ir ao pronto atendimento, pra ver se resolvia mais rápido, só pra reforçar mesmo o que em prática já havíamos deduzido.
Esperei duas horas porque segundo o médico, Natal, busy time...O cara disse que com certeza o que tenho é dor muscular, mesmo ele apertando todos os meus músculos das costas e eu nada sentindo, mesmo eu dizendo a ele que ja havia sentido a dor em menores proporções desde que me mudei para a casa, e que no domingo eu quase morri de dor e que ela começou assim que saí do banho. Mesmo dizendo a ele que não carreguei peso, que estou de férias da escola, que no domingo, quando tive a crise de dor, passei o dia descansando, que tenho uma família com histórico de asma, alergias e problemas respiratórios, que minha casa é mofada, úmida, e que eu melhorei bastante depois que tirei o excesso de mofo da parede. Que tive enjoo, ardência no canal entre garganta e nariz... Afeeee. Ele foi lá dentro e voltou com um painkiller, remédio pra dor, e me disse, você tem que se mudar de casa, uma casa assim faz muito mal a saúde. E me dispensou.
Olha. Não consigo nem comentar isso. Me desculpem os médicos dedicados, e até mesmo os cansados que ainda cansados tentam fazer o seu melhor, mas o que rolou foi que ele não faz idéia do que eu tenho e nem quer saber, é muito mais simples ser uma dor muscular, muito mais, mesmo eu afirmando que a única coisa que tenho certeza é que não é muscular! Eu já tive dor muscular, faço teatro físico, e o que mais tenho são dores musculares, e nunca havia sentido uma dor como a de domingo.
Enfim. Estou bem agora. Compramos um desumidifcador de ambiente aqui pra casa e vamos cuidar para que não acumule mofo novamente, e eu só volto em um médico nessa cidade se eu estiver morrendo e dentro de uma ambulancia. Só.
E isso não vai acontecer. Não me diga pra procurar médico! Não vou!!!!!!!!!!! (um pouco de risos agora)

16 dezembro, 2008

Sapato

E por falar em Direitos Humanos façamos uma homenagem à aquele que têm sido mestre em renegar todo os direitos daquela constituição, e que revelou, junto à sua corja, como devemos ser se não quisermos cultivar o amor ao próximo, investindo em poderio bélico, em guerras absurdas e virando as costas para todas as misérias da humanidade e graves problemas ecólogicos que nosso planeta está sofrendo.

Nunca usei as camisas em que ele veste um nariz de palhaço, até porque como atriz vejo palhaços por um ângulo bem distante ao que esse cara pertence. Nem nunca quis gritar contra ele, mesmo sendo contra ele,mas depois dessa cena, depois disso, ah...tenho que dizer que a única coisa que me resta ao ver esse vídeo é uma pergunta: Porque não acertou no nariz? Que não é de palhaço e sim de um...

Humanos direitos

Lendo o blog do meu marido descubro a comemoração dos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos. Desculpem a minha ignorância e desculpem ainda mais o nada que faço para cobrar das entidades responsáveis que cumpram com o que rege tal declaração. Sim, acredito no amor, prego a gentileza, mas acho que pensando nos 60 anos da criação da Declaração quase nada mudou, e eu em 27 de existência, quase nada fiz.
Criamos algo belíssimo que não tentamos alcançar, presos a egoísmos e desejos imediatos. Já diria o filósofo que todo amor é amor próprio, então como fazermos do nosso próprio amor algo coletivo? Sei que é vergonhoso o quão nada fiz, o quão nada fazem, e estimulante a idéia de pequenos grãos de amor, esse próprio ou não, distribuídos pelo mundo. Tentemos. O discurso é sempre caminho fácil e ao mesmo tempo falsa consolação.

Por ora deixa Elis falar, mais uma vez, por todos nós.

14 dezembro, 2008

vida e seus milagres

Minha tia tita, Ana Cristina, descobriu certo tempo atrás um tumor no fígado. Cancêr? Palavra doída de dizer, ninguém nunca me disse que ela tinha cancêr; mas um tumor não benigno no fígado. Impossível de ser removido, seu fígado era frágil para tal cirurgia, e para isso começou com um tratamento paliativo, que não sei o nome, não sei exatamente pra quê.

Minha tia tita nos deixou preocupados, ela estava. Mas algo dizia que a história a ser contada não seria uma tragédia em que nada se salva, até porque essa é uma forma difícil de se ver a vida que tem infinitas possibilidades, sempre.

Minha tia não tem mais o tumor. Nenhum médico tirou. Ninguém abriu seu corpo. Seu tumor não existe mais.

O que sabemos?

Nada talvez seja resposta pequena, ou quase exata demais.

Talvez saibamos muito, demais, mas nos esquecemos do saber, passamos ao nada para que os milagres façam-se as maravilhas da vida.

Agora ela tem que ir a Paris, porque da última vez que estive no Brasil e a encontrei triste lhe disse: Você vai ficar boa e vai celebrar em Paris.

Te amo Tita. E que linda é a vida

13 dezembro, 2008

O Natal

É gozado mas Natal para mim é sempre lembrar de alguns cheiros e imagens específicas. Eles já passaram há muito, mas ficaram para sempre como referência de Natal, mesmo após tantos diferentes natais. A impressão que me dá é de que eles resistirão para sempre ao tempo e a todos os outros que ainda virão. Então Natal para mim é, a coleção do Mickey da Pakalolo escondida no armário do quartinho de empregada, o vídeo game do perna longa criança, chuva, sono. Descer correndo a rua detrás da Mantena, a Ciça, escorrregando nas quatro patas, pequenina, e se aquecendo sob as luzes da árvore. Natal é especiais de natal na televisão, o desenho da rena de nariz vermelho e papai cortando com a cerra elétrica o peru para a ceia. É mesa com ameixa e bombons nestlé, é silêncio. Papai destribuíndo presentes, e fazendo comentários divertidos sobre cada um deles.

Natal é tentar ver o invisível, Natal é sensibilizar-se, mas mais que tudo, Natal sempre será infância. Sempre.

Hoje acordei aqui em Londres com o barulho da chuva que caía em pingos isolados e com intervalos na janela. Lembrei me da chuva do Natal, essa, uma chuva de verão do Brasil tropical.
Ontem tivemos o Natal da minha escola, cada grupo de cada país cantou uma música, demos a volta ao mundo em alguns minutos,e como sempre, foi muito emocionante especial. Comida a vontade e presentes, amigo oculto. Foi lindo.

Então acordei hoje lembrando me do meu Natal, esse forte Natal de sempre, colagem de imagens, o meu eterno Natal. E aí dá saudade do quê... até nem sei.

09 dezembro, 2008

When you get the chance

Não vá me dizer que isso não é ótimo. E o poder que não dá?!

"You can dance, you can jive having the time of your life...and when you get the chance..!!!"
(Arrebenta Leo. Te amo)

Divagando

O que é a solidão. Questão difícil. Fato do qual fugimos toda a vida. Saramago acaba de me dizer, talvez pelas palavras de Pessoa, que solidão não é a ausência de alguém que lhe faça companhia mas sim não dar conta de fazer companhia a alguém ou algo que está dentro de si.

Alguns símbolos sempre voltam para mim e estão embutidos no meu processo criativo, do meu projeto final, que pretendo levar até o Brasil. Um deles é a árvore e Saramago diz que solidão é como a folha que não procura a raiz. Tenho procurado tanto a raiz de tanta coisa e tomara que seja essa uma boa solução para a solidão dos próximos dias sem o Leo nessa terra gelada, de belezas invernais e pessoas que se atiram sob os trens.

Mas Londres é especial, nos ensina sobre solidão e raízes, mais do que tudo. É bonita e é cheia de informação.
Bendito seja meu tempo aqui, que meu tempo seja meu e o que queres fazer de mim enquanto passa, assim por ele vou passando sem ser o simples passar, tão bom enxergar raízes para poder voar...

07 dezembro, 2008

vida loca vida

Ontem a noite, sentada no metrô voltando do trabalho ouço uma voz familiar, olho ao redor e vejo ao fundo do corredor dois senhores conversando, um deles era o que trazia a familiar voz, sua voz era muito parecida com a do meu professor de Space Lab. Resolvido de onde vinha tal voz voltei a olhar para frente e começei a pensar no meu professor ( o que tinha a voz parecida com a do senhor a falar), no meu projeto de Space Lab, que é de construir um palco, e sem mais nem menos quando viro minha cabeça para o lado...

O professor está sentado justamente do meu lado. Justamente. De cabeça baixo, profundamente calado.

Não me contive, dei um grito : Oh My God!!!!!!

Primeiro tinha ouvido a voz dele, que vinha de uma outra pessoa, depois pensei muito nele e no segundo após ele surge ao meu lado!

Olha não quero tentar encontrar respostas, explicações e menos ainda resumir como uma simples coincidência. Deixa estar. Mas achei bem maluco isso, e é possível que você que está lendo também me ache maluca, mas acho que esses detalhes da vida não podem passar simplesmente como : ah...acontece. Tenho pensado muito nessa coisa de conexão com o universo e relação espaço e tempo...por mais complicado que seja no minímo é bom sempre confiarmos na nossa intuição.

Foi bom que conversamos sobre meu projeto que é um pouco ambicioso e ele me esclareceu que acha possível, antes de vê-lo estava pensando justamente que ele não acreditava na minha idéia. Foi bom esclarecer.

Adoro essa vida e seus caminhos, e seus encontros e seus sinais. Há que se atentar para eles, acontecem a toda hora.

06 dezembro, 2008

Leo

Agora é Bach e sua sinfonia que nos acorda. Ainda com os olhos pregados de sono nos abraçamos. E é tão forte. Sabemos que essas manhãs terão uma pausa. Então a melancolia de Bach se soma ao nosso amor e à antecipação de nossa saudade. E como ela já é grande antes mesmo de acontecer, meu amor.

O consolo é que talvez a vida para nós ainda seja muito longa e que estamos apenas à ensaiar esse tal "bom dia".

Pisando para fora

Dias de sol em Londres. O frio continua agudo, mas a diferença é que o frescor de um dia de céu azul se faz presente. Há que se apressar se deseja sentir o gélido sol em céu azul, que tem específica e boa energia, porque após as 4 da tarde o astro rei mesmo que gelado, já nos deixou.

Mas o vento varreu o sentimento de tristeza que rondava meu coração. Projetos para um futuro bem próximo me tiram noites de sono a escrever, e na escola consigo ver um amadurecimento muito grande, um olhar de fora, observar os processos além de somente vivê-los. Acho que além de viver é preciso dar um passo para trás e observar, e criar seus próprios códigos, e ver seres humanos próximos de ti e suas fraquezas, assim quando se pisa para dentro sabe-se ser mais.

Os outros nos mostram e por isso observar deve ser também parte do exercício. Só fazer e fazer talvez nos cegue.

Agora tento fazer isso, o fazer e o parar para olhar.

03 dezembro, 2008

Sonhos

Durante a aula de Company Development foi nos dada missão de escrever, para nós mesmos, a vida perfeita,e depois pensar em 5 obstáculos para se chegar a ela.

E me assustei com o quanto meus sonhos são próximos de mim, por mais sonhos que sejam.

E não consegui encontrar sequer um só obstaculo. Não achei nada que os impeça. Coisas precisam ser feitas e acontecer para que eles se materializem, mas não achei nada que deveria vencer, derrotar ou matar para tê-los. Descobri que meus desejos são parte forte de mim e só haverão obstáculos se eu os for.

Dentre tantos, como uma cia teatral com verba e público, como nunca perder minha inspiração, filhos saudaveis, meus pais sempre perto ainda que longe e fazer muito cinema, um desejo, quase sem razão, tem sido o mais forte: O Rio de Janeiro numa manhã de sol e uma bicicleta.