09 dezembro, 2008

Divagando

O que é a solidão. Questão difícil. Fato do qual fugimos toda a vida. Saramago acaba de me dizer, talvez pelas palavras de Pessoa, que solidão não é a ausência de alguém que lhe faça companhia mas sim não dar conta de fazer companhia a alguém ou algo que está dentro de si.

Alguns símbolos sempre voltam para mim e estão embutidos no meu processo criativo, do meu projeto final, que pretendo levar até o Brasil. Um deles é a árvore e Saramago diz que solidão é como a folha que não procura a raiz. Tenho procurado tanto a raiz de tanta coisa e tomara que seja essa uma boa solução para a solidão dos próximos dias sem o Leo nessa terra gelada, de belezas invernais e pessoas que se atiram sob os trens.

Mas Londres é especial, nos ensina sobre solidão e raízes, mais do que tudo. É bonita e é cheia de informação.
Bendito seja meu tempo aqui, que meu tempo seja meu e o que queres fazer de mim enquanto passa, assim por ele vou passando sem ser o simples passar, tão bom enxergar raízes para poder voar...

Um comentário:

Flávia Tavares disse...

Que bom pousar por aqui...
Ouvir Bach e ler você.
Amo-te.
Estar só pode ser bonito. Vai ser pra você, sei que vai.
Beijos e beijos.