21 março, 2010

Circunferência

Um lugar no espaço. Um espaço todo meu. Sem precisão de largas extensões. Um lugar sem cor, que nem branco seja. Para que possa pintar de azul bem claro e do vermelho mais intenso. Colorindo com cores contraditórias, fervurantes, vibrantes e mortas. Silencioso. Profundamente silencioso. O silêncio que vem depois da cacofonia. Um eco eterno de pausa silenciosa. Um espaço fechado na circunferência mas com dimensão infinita para o céu. Meu espaço.Ai preciso dessa circunferência. Preciso da nulidade da cor para derramar tanta tinta que ferve no meu sangue pra que evapore por cima do não teto e alcance o infinito. Meu espaço eterno. Quero meu espaço. E quero também o eco do som que me traz o silêncio.

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