18 julho, 2011

Conforto

Essa postagem é um desabafo alegre. Outro dia encontrei com uma amiga querida grávida que me disse ter ficado incomodada com uma menina que grudou a mão em sua barriga e ela nada fez. Então eu lhe disse: Pois vai se acostumando a pedir licença com doçura porque o que mais fazemos é pedir licença com doçura quando os pequenos nascem. Pedimos licença para assumirmos a maternidade ao nosso modo, com nosso coração e espírito. Eu assumi a minha assim. Rigorosa com os horários da Manuela, estabelecendo rotina, limitando e dosando os estímulos, cuidando que seus primeiros seis meses de vida fossem calmos, seguros, cheios de amor.Isso resultou em uma mocinha doce e calma, serena, e não sou eu quem acho que isso foi o resultado da sua rotininha não, é científico, e sua médica confirma. Não dou carne, que tem agrotóxico,antibiótico, hormonio, adrenalina e mais um monte de coisa que a gente nem sabe o que significa. E por essa mesma razão dou muito legume e verdura orgânicos. Aprendi o que são as vacinas, de que são feitas, como são feitas (você sabe isso?), e o que aquela coiseira toda (aluminio e mais muuuita coisa!) pode dar de efeito colateral- além da febrinha e dor muscular que tanto parte nosso coração mas não é nem a "missa metade". Cada doença que essas vacinas cobrem, sua forma de contágio, se estão ou não erradicadas. Descobri que febre pode ser muito bom! E algumas doenças infantis não são monstros não! As infantis! Que fique claro! Já saí no meio de jantar, no começo da festa, e muitas vezes nem fui, tudo porque ela tinha horário (e ainda tem!), sono, fome. Dei peito livre demanda e exclusivo por seis meses, dou peito até hoje, mesmo ela comendo comidinhas. Nossa quanto tempo não durmo uma noite inteira, não vou ao cinema, ao teatro, etc, etc. Mas sem sofrimento, com prazer, o tempo não volta atrás e um dia ela será do mundo e eu terei tantas e tantas horas pra tudo isso. Tive que ouvir muito pitaco, lidar com o julgamento dos outros (muitas vezes de gente que nem filho tem!), apertar o botão do F e seguir em frente com o meu coração, que não é um só, mas ritimado com o do meu marido, amigo, amor e pai da Manuela. E cheguei aqui. Aos 10 meses de Manuela. Nós duas bordando com amor e cuidado cada passo desse camminhar, opa! Nós 3. Hoje ao sair da sua pediatra (antroposófica, pois também quisemos isso, uma médica que não a visse como mais uma nenem, mas como a Manuela) ouvi dela: Meus parabéns! E foi bom ouvir. A recompensa disso tudo é diária, constante, estão nos olhos da pequena, mas um parabéns foi para mim mais um conforto e força. Em meio ao cansaço ver que ela se desenvolve linda e saudável é maravilhoso. E sigamos! Essa é minha história, um pouco dela, apenas um pedaço bem resumido, linda como tantas outras de tantas mães. Mas essa é a minha, e aqui está, divida com o mundo. E a sua?
Com amor...

Nenhum comentário: