20 agosto, 2008

Eu ando pelo mundo

Ainda me lembro do corpo estirado no banco detrás do carro. Eu, aos 20 anos. O bairro Mangabeiras em Belo Horizonte, todo o corpo em ressaca, sabe-se lá se somente de alcool ou se também da busca por mim mesma. E essa música tocou no rádio. Ouvindo, pensei, meu deus! Sou eu! E me emocionei. Foi um encontro, e um primeiro entendimento da minha sensibilidade que desde criança me devora e me fez insana por alguns anos da minha vida.
Ainda sou a que a música canta. Ainda vejo tudo assim, em quadros, em filmes, em cores. Mas agora quando acordo tem alguém ao lado, alguém que vê tudo assim também e deixa tantas pinturas tão calmas.

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