14 setembro, 2008

Casamento: o primeiro texto sobre

"Foi maravilhoso! estava conversando com o vô sobre o seu casamento hoje e ele disse que até o padre ficou maravilhado.Você e o Leo são o amor que existe e que é lindo." Paula Dobbin.

Na manhã do dia 7 de setembro amanheci com os pássaros. Dormi na mesma cama que minha mãe, na casa da Gigi, prima nossa, que nos acolheu com muito carinho.Amanheci com meu véu de noiva estendido à minha frente, e na cidade maravilhosa o céu era repleto de nuvens.

Logo cedo a maquiadora chegou, e começou a arrumar meu cabelo. Repleta de papelotes e grampos no cabelo cantarolei incessantemente, "Santa Clara clareou, clareou...vou pedir Santa Clara para clarear", só depois é que fui descobrir que o Leo cantava exatamente a mesma canção no hotel, conexões da vida que não tento explicar. Conforme cantava o sol ia invadindo a sala, as nuvens se dissipando, e o céu se cobrindo de um azul profundo e lindo.

Ao chegar a igreja estava tudo perfeito, o arco de flores verde e branco, as pétalas, flores e folhas verdes na escada.

Foi tudo mágico e rápido. Entrei na igreja sem conseguir ouvir a música, olhei para cada um dos que ali estavam, e quanta alegria ver tantos queridos naquela manhã de domingo. Jamais me esquecerei das lágrimas da Mariana e da Tiça,que choravam um choro lindo.

O que lembro da entrada da igreja são cores. O casamento foi de manhã, então as pessoas foram coloridas, com vestidos curtos, e coloriram a igreja.

Foi uma cerimônia linda, sincera, leve. Os pajens e a daminha estavam lindos.
Ao sairmos uma chuva de pétalas caiu de cima, e a única coisa de que posso me lembrar foi de uma alegria profunda, profunda.

A recepção não teve projeto decorativo, algumas flores nas mesas, o bolo que escolhi, com os noivinhos que quis. A música foi um quarteto de velhinhos, dois violinos, um violoncelo e um acordeon. Tinha doces, prosecco, e um coquetel com salgados e um buffet de massas.

Meu avô Dobbin, que invadiu o altar durante a cerimônia para dizer ao Leo "seja para ela tudo aquilo que você quer que ela seja para você", estava desnorteado de alegria, e me disse no dia seguinte, "foi o casamento mais alegre que já vi, sem ostentações, simples, agradável e com um encantamento".

Ao andar pelo salão, conhecia cada um dos rostos, senti cada um dos abraços. Todos ali foram ali para celebrar nossa união. Os que viajaram de outra cidade, e os que moravam no bairro ao lado. Consegui reunir todos os meus tios, meus primos. E conseguimos ter os primos do Leo, os tios do Leo e a avó Dalva,que foi na cadeira de rodas e fez com que o Leo num ímpeto de emoção descesse do altar no meio da cerimônia para abraçá-la.

Tinha a avó Maria do Leo, que cantou Ave Maria na benção das alianças, seguida por um sutil coro dos outros convidados e uma salva de palmas repleta de lágrimas e soluços.

Tivemos muitos aplausos, outros vários além do protocolar, e tivemos também meu avô Napoleão que ignorou o fotógrafo oficial e subiu ao altar para tirar a sua foto, da sua camêra.

O choro da Laurinha ao entrar na igreja e se deparar com mais de uma centena de olhos a olharem para ela.

Tive alegria, tive um casamento íntimo. Próximo. Quente.
Só posso dizer que foi único. E que foi nosso. E que foi lindo.
Dizeres da Flavinha, amiga querida.

E que não fomos e nem pretendemos ser nada além do que já somos.

"All you need is love", cantava minha tia Tata querida, enquanto tirávamos fotos.

Consegui a real medida da celebração do nosso amor, do jeito que vejo a vida, sem dar passos maiores que a perna, sem endividar meu pai, sem entrar na roda gigante da indústria do casamento. O meu casamento foi meu. E foi do Leo. E foi de cada um que foi até lá naquela manhã de domingo e levou para casa as poesias que eram as lembranças e, assim espero, um pouco mais de poesia para a vida.

5 comentários:

Anônimo disse...

Meus queridos!
Estou vindo da igreja de Santa Rita,onde assistí a missa, em nossa intenção e agradecí a todos e a tudo que contribuíram para a maravilha e a alegria da cerimônia do casamento da vocês.
Quando acesso o blog, leio essas palavras lindas e que,com toda certeza, saíram do fundo do coração.Meus olhos, mais uma vez, se encheram de água, lágrimas de pura felicidade e de uma saudade enorme que não se explica.
Minha família está aumentando, recebo, você, Julieta,como uma filha querida.Seja bem vinda!
Entrego, você, Leonardo, para uma nova famíla, que com certeza absoluta,te aceitará com todo o carinho.
Parabéns, meus queridos!Deus os abençoe sempre!
Mamãe

Anônimo disse...

Lindo! Uma palavra pequena que define exatamente o que foi visto no dia 7 de setembro....um casamento simplesmente lindo!
E o amor abundou de Julieta, de Leo e de todos os que estiveram ali...
Foi lindo!
E falando em "conexões da vida que não tento explicar" eu e Wagner pegamos exatamente a mesma poesia, muito sem querer...isso é o amor!
Amo muito vocês!
Que a felicidade continue inundando seus corações cheios de amor!!!

Flávia Tavares disse...

Revivi a manhã do dia 7 de setembro e me emocionei mais uma vez...
Como amo vocês.
Como... amo... vocês...

Anônimo disse...

As fotos ficaram lindas, transparecem alegria!
A igreja é linda!
Mais uma vez parabéns!
Felicidade ao casal!
;-)

Unknown disse...

Tenho ido a bastante casamentos nos ultimos tempos e, tenho que dizer, esse foi um dos mais bonitos que eu já assisti.
Bonito mesmo, por ver a sinceridade e a alegria por aquela união no rosto de cada uma das pessoas que ali estavam , e principalmente, no rosto dos noivos.
Que a felicidade que vcs dois transpareciam ali naquele momento se perpetue na vida de casados!
Mais uma vez, parabéns!
Um grande Beijo
Priscila