23 setembro, 2008

There is no Place Like Home

Em verdade Dorothy sempre esteve certa. E é verdade também que casa é uma palavra múltipla em sentidos. Para mim, temos aquela que é dentro de nós, que é nós mesmos. Essa tem todas as cores que pintamos nas paredes, mas as vezes fica um pouco empoeirada, as vezes esfria e aí temos uma ótima outra casa: a do nosso amor. Fundamental para noites frias e sempre boa para pedir uma xícara de açúcar. Temos também o pequeno espaço físico que alugamos ou compramos, e que decoramos externa e fisicamente com as cores e detalhes que em outro plano já existem na que carregamos conosco. Essa também tem nossa cara, e no meu caso é uma junção das cores da minha parede com as do meu Leo. Tem a que é o lugar do mundo que escolhemos viver, ou que estamos a viver por um tempo. E tem o lugar em que nascemos, em que falam nossa língua, em que tudo sempre será casa porque sempre será familiar.

E falando sobre todas essas casas, Dorothy terá sempre razão. Cada qual em sua real medida do nosso coração. Nos ligando sempre ao que nos conecta mais bela e intensamente com a vista das janelas de nossa casinha, aquela que as vezes é empoeirada, de paredes coloridas por nós e que precisa do calor e da xícara de açúcar do vizinho.

Em verdade todos nós carregamos conosco nosso par de sapatinhos vermelhos.

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