28 setembro, 2008

Pedaço de papel

Um dia, em sala de aula, aqui em Londres, o Thomas nos pediu que sentássemos frente a uma folha de papel presa à mesa. Com os olhos fechados, e um giz preto em cada mão, deveríamos simplesmente deixar as mãos irem, não estipulando um caminho para elas. De olhos fechados e com as duas mãos seguimos o caminho da intuição, que nos leva à lugares não pensados nem estipulados.

...

Eu consegui.

Um borrão imenso e intenso preto na folha de papel, mãos e rosto negros do giz, uma profunda vontade de chorar.

Ao olhar para a folha de papel devíamos nomeá-la. A chamei Silêncio.

Continuo a esperar mais poesias sobre o silêncio ( até agora só recebi coisa linda e de imenso valor). Vai lá no post e responda...

2 comentários:

Juliana disse...

Respondi o post do silêncio! No mais, só ficam saudades! Beijos

Anônimo disse...

Vou responder aqui mesmo...e novamente!
Fui à exposição da Clarice Lispector que está tendo no CCBB aqui no Rio...lindaaaa! E lembrei demais de vc ao ler:

"Nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio"

Clarice Lispector em A paixão segundo G.H