Um dia, em sala de aula, aqui em Londres, o Thomas nos pediu que sentássemos frente a uma folha de papel presa à mesa. Com os olhos fechados, e um giz preto em cada mão, deveríamos simplesmente deixar as mãos irem, não estipulando um caminho para elas. De olhos fechados e com as duas mãos seguimos o caminho da intuição, que nos leva à lugares não pensados nem estipulados.
...
Eu consegui.
Um borrão imenso e intenso preto na folha de papel, mãos e rosto negros do giz, uma profunda vontade de chorar.
Ao olhar para a folha de papel devíamos nomeá-la. A chamei Silêncio.
Continuo a esperar mais poesias sobre o silêncio ( até agora só recebi coisa linda e de imenso valor). Vai lá no post e responda...
2 comentários:
Respondi o post do silêncio! No mais, só ficam saudades! Beijos
Vou responder aqui mesmo...e novamente!
Fui à exposição da Clarice Lispector que está tendo no CCBB aqui no Rio...lindaaaa! E lembrei demais de vc ao ler:
"Nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio"
Clarice Lispector em A paixão segundo G.H
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