22 janeiro, 2009

Solitude

Um simples e inofensivo inseto. Chamaria barata ou grilo, mas não sei qual seu nome ou classificação.

Um simples e inofensivo inseto fez ecoar minha solidão enquanto cozinhava meu jantar.

Um simples e inofensivo inseto pousou ao meu lado no fogão e não poderíamos continuar lado a lado, mas tão menos poderia eu matá-lo, encostá-lo.

Olhei para os lados não havia ninguém. E esse não é o problema. Não havia ninguém e principalmente não haveria ninguém pelas próximas infinitas e longas 100 horas.

Um simples inseto e o fato de eu não querer que convivessemos trouxe a tona a força do estar sozinho.

Deixe-o estar lá. Na cozinha. Posso me virar, mas ser só é ser você, e no quesitos insetos e animais terei que me debater no conflito de que não posso matá-los nem quero tocá-los.

Estou só e já não me importo de sentar a mesa somente comigo e meus inúmeros pensamentos, mas queria alguém para matar insetos. Para estar ali, pelo menos, para me passar o chinelo.

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