02 abril, 2010

Bach é tão melancólico. E ainda assim me torturo. Repetindo seus sons no meu computador nessa manhã de uma sexta feira da paixão cinza e fresca. Bach me fala de saudade, de dor, de amor e esperança e a ele recorro sempre que quero sentir algo que não tem nome. Forjo a melancolia, deixo os olhos arderem e então vem a minha infância, minha tia, minha casa na Serra de onde ela era vizinha. Procuro Bach para ser melancólica em uma tortura saborosa de sentidos, quando já se entende que a vida necessita da melancolia como tempero suave, ardido e levemente doce. Nos leva a nós mesmos.

2 comentários:

Aurora disse...

beijo.

Flávia Tavares disse...

Amada...
fiquei pertinho de você lendo seus últimos depoimentos.
Suas palavras, mesmo falando da morte, trazem o perfume da alma.
Estou com saudades, muitas.
Procurei nas minhas coisas e vi que perdi seus telefones de BH.
Tenho hoje todo o dia livre e queria tanto falar com você. Colocar a vida em dia...
Não te achei no msn nem skype.
Me mande seu telefone novamente por e-mail, vou anotar direitinho dessa vez.
Beijo enorme.