26 julho, 2011

veggie

Vivo sendo questionada sobre os motivos que me fizeram vegetariana. Achei isso aqui e gostei. Quem quiser saber eis 21 razões.

18 julho, 2011

Conforto

Essa postagem é um desabafo alegre. Outro dia encontrei com uma amiga querida grávida que me disse ter ficado incomodada com uma menina que grudou a mão em sua barriga e ela nada fez. Então eu lhe disse: Pois vai se acostumando a pedir licença com doçura porque o que mais fazemos é pedir licença com doçura quando os pequenos nascem. Pedimos licença para assumirmos a maternidade ao nosso modo, com nosso coração e espírito. Eu assumi a minha assim. Rigorosa com os horários da Manuela, estabelecendo rotina, limitando e dosando os estímulos, cuidando que seus primeiros seis meses de vida fossem calmos, seguros, cheios de amor.Isso resultou em uma mocinha doce e calma, serena, e não sou eu quem acho que isso foi o resultado da sua rotininha não, é científico, e sua médica confirma. Não dou carne, que tem agrotóxico,antibiótico, hormonio, adrenalina e mais um monte de coisa que a gente nem sabe o que significa. E por essa mesma razão dou muito legume e verdura orgânicos. Aprendi o que são as vacinas, de que são feitas, como são feitas (você sabe isso?), e o que aquela coiseira toda (aluminio e mais muuuita coisa!) pode dar de efeito colateral- além da febrinha e dor muscular que tanto parte nosso coração mas não é nem a "missa metade". Cada doença que essas vacinas cobrem, sua forma de contágio, se estão ou não erradicadas. Descobri que febre pode ser muito bom! E algumas doenças infantis não são monstros não! As infantis! Que fique claro! Já saí no meio de jantar, no começo da festa, e muitas vezes nem fui, tudo porque ela tinha horário (e ainda tem!), sono, fome. Dei peito livre demanda e exclusivo por seis meses, dou peito até hoje, mesmo ela comendo comidinhas. Nossa quanto tempo não durmo uma noite inteira, não vou ao cinema, ao teatro, etc, etc. Mas sem sofrimento, com prazer, o tempo não volta atrás e um dia ela será do mundo e eu terei tantas e tantas horas pra tudo isso. Tive que ouvir muito pitaco, lidar com o julgamento dos outros (muitas vezes de gente que nem filho tem!), apertar o botão do F e seguir em frente com o meu coração, que não é um só, mas ritimado com o do meu marido, amigo, amor e pai da Manuela. E cheguei aqui. Aos 10 meses de Manuela. Nós duas bordando com amor e cuidado cada passo desse camminhar, opa! Nós 3. Hoje ao sair da sua pediatra (antroposófica, pois também quisemos isso, uma médica que não a visse como mais uma nenem, mas como a Manuela) ouvi dela: Meus parabéns! E foi bom ouvir. A recompensa disso tudo é diária, constante, estão nos olhos da pequena, mas um parabéns foi para mim mais um conforto e força. Em meio ao cansaço ver que ela se desenvolve linda e saudável é maravilhoso. E sigamos! Essa é minha história, um pouco dela, apenas um pedaço bem resumido, linda como tantas outras de tantas mães. Mas essa é a minha, e aqui está, divida com o mundo. E a sua?
Com amor...

02 julho, 2011

9 meses

E lá se foram nove meses. Não mais aqueles internos, que cresce a barriga, de altos e baixos, de silêncio e um mistério cercado de tantos sentimentos. Agora lá se foram nove meses daqui de fora. De dedinhos que se abriam e fechavam sentindo o novo ar sem água minha Nunuzinha passou a esticar o corpo todo. Vai aonde quer com seu engatinhar ágil e se segura em qualquer coisa pra ficar em pé. De olhos abertos e atentos criou piscadinhas charmosas. De uma boquinha desenhadinha e rosada descobriu como mandar beijinhos, e bater palminhas, e cantarolar em seu dialeto suas musiquinhas. Do chorinho manhoso que pedia peito descobriu o som de mamãeeee, papaiii, ba pra bola, pé pra pé e acho que nãnã pra vovó. Do choro à atitude que arranca minha blusa em qualquer lugar e se joga de boca a mamar. Do aleitamento exclusivo de 6 meses para o mundo mágico dos cereais, frutas, legumes e verduras. Sucos, quinoa, aveia, arroz integral, trigo, milho, cenoura, abobora, brocolis...hummm quantos sabores! Outro dia seus dedinhos sentiam apenas o ar, que já era uma tremenda novidade e agora se deleita com novas texturas, que sente com as mãos, com a boca, com o nariz.
Nove meses se encerram. E eu, a mãe. Ah....eu jamais seria a mesma após esses 18 meses. Passei a querer fazer curso de fitoterapia, leio sobre comida, vacina, doenças, música, livros pra criança. Penso em saúde, em alegria, em peito. Em ser uma pessoa melhor. Pouco me importa um teste, me preocupa se acabou a laranja pro suco da pequena.
Outro dia Manuela dançava com as mãos para sentir o ar em silencio, agora já se mexe com o corpo todo sob qualquer ruído.
E eu? Eu já não sou mais eu, ou não sou aquele eu...sou algo mais, alguém a mais.