01 agosto, 2009

Sutil

Um homem que começa a trabalhar embalsamando cadáveres e a partir dali passa a ver a vida sob uma diferente perspectiva. Da ponte observa salmões que lutam por sobreviver à correnteza e se indaga: para quê trabalhar tão árduo se no fim irá morrer mesmo?

...

O reencontro com o pai, o reconhecimento da face, quando ele está morto. O obrigado que os japoneses muitas vezes dizem em silêncio, o sutil ritual de passar objetos e curvar-se em respeito uns aos outros

E a descoberta: A morte é apenas um portão, ele, o personagem principal, prepara as pessoas para o seu novo nascimento.

Outra descoberta: Quando não se sabia escrever as pessoas entregavam uma pedra para os que amavam, e esse observando o tamanho, a textura e o peso, entendia qual era o sentimento.
Garcia Marquez já havia me contato que as coisas eram apontadas com o dedo quando ainda não tinham nome e agora descubro que uma pedra pode ser muito mais que uma forma.
Essa manhã assistimos "A Partida", filme japônes, ganhador do oscar esse ano.
Pura delicadeza.

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